Por onde andam nossos velhos conhecidos? – Volume 3

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Operado no Brasil pela CVC e pela Pullmantur, o antigo Sovereign é um dos navios retratados nessa edição de nosso especial

Desde que o Brasil começou a receber temporadas regulares de cruzeiro, foram vários os navios que passaram por nossas águas. Alguns, no entanto, marcaram o público nacional de forma especial. Os maiores, os mais longevos, os mais queridos, o que tinha os melhores roteiros, por exemplo.

Nesse especial resgatamos esses navios e revelamos seus destinos, além de relembrarmos  um pouco de suas passagens pelo país. 

Na terceira edição desta série, apresentamos o paradeiro de mais algumas destas embarcações que marcaram época na temporada brasileira, mas hoje se encontram distantes de nossos mares ou se tornam, definitivamente memória, com demolição em andamento ou concluída, confira: 

MSC Lirica

Durante sua temporada de despedida, MSC Lirica é visto atracado no Rio de Janeiro em 2015

Após realizar quatro temporadas em águas nacionais, o MSC Lirica se despediu do Brasil em 2016.

Famoso por aqui por seus embarques no Rio de Janeiro e seus mini-cruzeiros, o navio realiza hoje cruzeiros pelo Mediterrâneo. Em 2022, por exemplo, estreou um novo itinerário para a MSC, realizando embarques na Grécia, Turquia e Israel. 

Após deixar o Brasil também navegou pela Ásia, com roteiros voltados ao mercado chinês, nas Ilhas Canárias e nos Emirados Árabes. 

Em uma reviravolta, retornará ao país na temporada 2023/2024, oferecendo embarques em Itajaí

Costa Serena

Costa Serena durante sua primeira – e única – temporada baseado no Porto de Santos

O Costa Serena realizou apenas duas temporadas na América do Sul, mas ficou marcado na região, principalmente por sua estreia. 

Em 2010, substituindo o Costa Concordia, o navio se tornou o maior da história a realizar uma temporada brasileira. Partindo de Santos, realizou cruzeiros de uma semana ao Nordeste, que também podiam ser iniciados no Rio de Janeiro e em Salvador. 

Após retornar na temporada 2012/2013 para itinerários pelo Prata partindo do Rio de Janeiro, o Serena foi transferido para a Costa Asia em 2015.

Desde então, vinha realizando cruzeiros para o mercado local, com itinerários que partem de cidades como Shanghai e Tianjin, para destinos na Coréia do Sul e Japão. Até o começo da pandemia, também havia realizado temporadas em Taiwan, além de eventuais passagens pelo Sudeste Asiático.  

Com o encerramento das operações da Costa na Ásia, deve retornar ao Ocidente no final de 2023, realizando cruzeiros pelo Caribe e Mediterrâneo. 

Grand Mistral 

O antigo Grand Mistral estreou no Brasil em 2005 e realizou temporadas no país até 2013

Com passagens pelo Brasil a serviço da Ibero Cruceros e também da CVC, o antigo Grand Mistral voltou a ser vendido em 2022. Adquirido pela britânica Ambassador Cruise Line, o navio passará a se chamar Ambition e realizará cruzeiros voltados ao público inglês já a partir de 2023

Nos últimos três anos, a embarcação havia sido parte da frota da alemã AIDA Cruises, sob o nome AIDAmira. A marca do grupo Carnival adquiriu o navio no final de 2019, com a intenção de operá-la em itinerários mais longos, visitando portos mais incomuns na Europa e também África do Sul. 

Com a pandemia de COVID-19 sendo declarada pouco depois de sua entrada na frota da AIDA, o ex-Mistral realizou menos de dez cruzeiros pela marca alemã antes de ser vendido.  

Depos de deixar o Brasil pela última vez em 2013, também navegou para a Costa Crociere. Inicialmente integrado ao conceito neoCollection, que previa viagens premium em navios menores e com roteiros diferenciados, viajou como Costa neoRiviera no Mediterrâneo, nos Emirados Árabes e no Oceano Índico por cerca de seis anos. 

No período, chegou, inclusive, a ter anunciado seu retorno ao Brasil. Em janeiro de 2016, a Costa anunciou que traria o neoRiviera ao país para a temporada 2016/2017. Antes de modificar seus planos para a estação, a companhia previa ter o navio deveria realizando cruzeiros para o Nordeste a partir de Santos e Rio de Janeiro

Costa Marina

Costa Marina deixa o porto de Tanger, no Marrocos, em foto de Rui Minas

O Costa Marina deixou a frota da Costa Cruzeiros em 2011, após ser vendido para uma nova companhia de cruzeiros sul-coreana. Renomeado Harmony Princess, chegou a oferecer cruzeiros para o Japão por alguns meses antes de ser imobilizado.

Em 2014, voltou a ser vendido, mas dessa vez, acabou adquirido por estaleiros de desmanche. Assim, acabou desmontado em Alang, na Índia, com seu metal e outros componentes sendo vendidos como sucata. 

Popular no Brasil entre o final dos anos 1990 e o começo dos anos 2000, o Costa Marina foi um dos primeiros navios a ser dedicado ao público brasileiro na era moderna dos cruzeiros no país. 

Após se despedir do país em 2001, realizou cruzeiros pelo Mediterrâneo, Norte da Europa, Mar Vermelho, Ilhas Canárias e Oceano Índico, ainda sob a bandeira da Costa. 

A Costa chegou a anunciar o retorno do navio ao Brasil para uma última temporada nacional em 2008/2009, mas os planos foram posteriormente modificados. 

Sovereign 

Sovereign deixa o Porto de Santos para mais um de seus mini-cruzeiros pelo Sudeste

Após mais de dez anos navegando na costa brasileira, o Sovereign se despediu no começo de 2020.

Com a Pullmantur entrando em recuperação judicial devido à pandemia de COVID-19, o navio – que era o decano da frota – acabou vendido para sucateiros turcos. Junto a seu gêmeo, o Monarch, acabou varado para desmanche em julho de 2020. 

Durante o processo, que foi finalizado alguns meses depois, o Sovereign viu seus materiais e equipamentos serem reaproveitados ou reciclados. 

Costa Classica

Costa Classica
Em foto de Edson Lucas, Costa Classica é visto deixando o Rio de Janeiro durante uma de suas primeiras temporadas nacionais

Último sobrevivente da frota da clássica da Costa Cruzeiros, o antigo Costa Classica segue em operação. Vendido pela companhia para a Bahamas Paradise Cruise Line em 2018, o navio é hoje operado pela Margaritaville at Sea

Renomeado Margaritaville at Sea Paradise, o ex-Classica oferece mini-cruzeiros para Grand Bahama. Com apenas duas noites, as viagens acontecem durante todo o ano, contam com preços acessíveis e partem de West Palm Beach, nos Estados Unidos. 

Por conta da pandemia de COVID-19, o navio se tornou um dos mais antigos ainda em operação regular ao redor do mundo. Com a emergência sanitária inviabilizando embarques em todo  o globo, a maior parte dos navios construídos nos anos 1980 e começo dos anos 1990 acabou sendo vendida para sucateiros. 

Construído em 1991, o Costa Classica fez sua estreia no Brasil na temporada 2001/2002.

Após se despedir do país em 2008, passou vários anos navegando exclusivamente na Ásia antes de retornar à Europa no final de 2012. 

Edições anteriores

Para conferir o destino de outros 17 navios que tiveram passagem marcante pelo Brasil, confira as edições anteriores de nosso especial, nos links a seguir. 

Na primeira publicação, os navios retratados são o Costa Fortuna, o Splendour of the Seas, o Empress, o MSC Opera, o Grand Holiday, o Zenith, o Pacific, o Blue Dream, o Island Escape, o Costa Tropicale e o Rhapsody.  

Por onde andam nossos velhos conhecidos?

Já para a segunda edição do especial, os navios escolhidos foram o Vision of the Seas, o MSC Armonia, o Grand Celebration, o Costa Allegra, o Island Star e o Grand Voyager. Confira: 

Por onde andam nossos velhos conhecidos? – Volume 2

Todas as informações foram atualizadas neste mês!

Quer saber o destino de um outro navio que, para você, teve passagem marcante no Brasil? Comente o nome da embarcação para que ela possa ser incluída em uma nova reportagem deste tipo! 

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