Então recentemente comprada pela Carnival Corporation, a frota da Costa Cruzeiros era bem diferente no começo dos anos 2000. Nessa retrospectiva, listamos os navios que eram operados pela companhia na época, além de suas histórias e destinos.
Confira:
Costa Allegra
Construção: 1992
Tonelagem bruta: 30.000
Capacidade de passageiros em ocupação dupla: 820
Último cruzeiro pela Costa: 2012
Popular no mercado brasileiro, o Costa Allegra entrou em operação em 1992, utilizando o casco de um navio de carga dos anos 1960.
Após 20 anos navegando pela Costa, o navio foi vendido diretamente para a sucata em 2012. A decisão da companhia se deu após um incedente envolvendo o navio na África, pouco antes. Em cruzeiro pelas Seychelles, o Costa Allegra se incendiou e ficou a deriva, precisando ser evacuado.
De volta a Itália, o navio chegou a ser reparado, mas partiu para os sucateiros de Aliaga alguns meses depois.
Costa Atlantica
Construção: 2000
Tonelagem bruta: 84.000
Capacidade de passageiros em ocupação dupla: 2.100
Último cruzeiro pela Costa: 2020
O Costa Atlantica foi o primeiro navio encomendado pela Carnival Corporation para a companhia. Em 2000, a embarcação dava o tom para o futuro da frota da Costa Cruzeiros: era um navio de última geração da frota, com grande quantidade de cabines com varanda e tamanho consideravelmente maior.
Com design baseado na classe Spirit da Carnival Cruise Line, passou a operar na Ásia em 2013 e não voltou mais ao ocidente.
Vendido em 2018, foi transferido para a nova operação chinesa da Carnival Corporation em 2020. Apesar de manter as cores da Costa, é agora parte da frota da China State Shipbuilding Company. A empresa estatal deve lançar uma nova companhia de cruzeiros em breve, em parceria com a própria Carnival.
Costa Classica
Construção: 1991
Tonelagem bruta: 53.000
Capacidade de passageiros em ocupação dupla: 1.300
Último cruzeiro pela Costa: 2018
Construído na Itália, o Costa Classica era a aposta da Costa Cruzeiros no começo dos anos 1990. Então independente, a companhia viu no navio uma oportunidade de se lançar no mercado de cruzeiros premium, com um produto de maior qualidade.
A aposta, no entanto, não deu o resultado esperado e o Classica acabou sendo operado no segmento padrão durante a maior parte do tempo. Após uma longa carreira com a companhia italiana, foi vendido em 2018.
Agora opera pela Bahamas Paradise Cruise Line, em cruzeiros curtos pelas Bahamas com o nome Grand Classica. Pouco antes de ser vendido, foi renomeado Costa neoClassica e passou a oferecer cruzeiros mais longos, com itinerários mais completos e exóticos.
Costa Marina
Construção: 1990
Tonelagem bruta: 25.000
Capacidade de passageiros em ocupação dupla: 770
Último cruzeiro pela Costa: 2011
O Costa Marina deixou a frota da Costa Cruzeiros em 2011, após ser vendido para uma nova companhia de cruzeiros sul-coreana. Renomeado Harmony Princess, chegou a oferecer cruzeiros para o Japão por alguns meses antes de ser imobilizado.
Em 2014, foi vendido como sucata e acabou desmontado em Alang, na Índia.
Assim como seu gêmeo Costa Allegra, o Marina foi construído utilizando o casco de um antigo navio de carga. Popular no Brasil, foi um dos primeiros navios projetados pela Costa nos anos 1990, sua última década independente.
Costa Riviera
Construção: 1963
Tonelagem bruta: 31.500
Capacidade de passageiros em ocupação dupla: 950
Último cruzeiro pela Costa: 2001
Construído em 1963, o Costa Riviera era o mais antigo navio da frota da Costa Cruzeiros em 2000. Originalmente um transatlântico, havia sido projetado para a rota Gênova – Sydney e foi convertido para cruzeiros pela própria Costa, nos anos 1980.
Com a perspectiva de entrada em serviço de novos navios, acabou sendo vendido em 2001, após 20 anos navegando pela Costa.
Pouco depois, o antigo Guglielmo Marconi acabou sendo encalhado para desmanche, desaparecendo por completo ainda em 2002.
Costa Romantica
Construção: 1993
Tonelagem bruta: 54.000
Capacidade de passageiros em ocupação dupla: 1.350
Último cruzeiro pela Costa: 2020
Gêmeo do Costa Classica, o Costa Romantica entrou em operação em 1993. Quase 20 anos depois, foi sujeito a uma das maiores remodelações da história da frota da Costa Cruzeiros.
Rebatizado Costa neoRomantica, recebeu novos decks, além de diversas novas cabines e varandas. Ainda teve todas as suas áreas públicas transformadas ou reconstruídas; o antigo teatro, por exemplo, se tornou um spa de dois andares com vista panorâmica para a proa.
Após a reforma, passou a atuar no mercado premium, oferecendo um subproduto dentro da frota da própria Costa. Em 2017, no entanto, passou a atuar na Ásia, servindo o mercado chinês e japonês. Se despediu da frota em 2020, sendo vendido para a Celestyal Cruises ainda durante a pandemia de COVID-19.
Costa Victoria
Construção: 1996
Tonelagem bruta: 76.000
Capacidade de passageiros em ocupação dupla: 1.950
Último cruzeiro pela Costa: 2020
Inaugurado em 1996, o Costa Victoria foi o último navio projetado e construído pela Costa antes do controle da marca passar para a Carnival Corporation. Uma versão maior e mais moderna dos gêmeos Costa Classica e Costa Romantica, foi o maior navio da frota até 1999 e introduziu novas atrações, como um grande lounge de três andares.
Popular no Brasil, chegou a ser modernizado em 2004, com o acréscimo de cabines com varanda e modificação de áreas públicas.
Em 2020, no entanto, após sete anos navegando na Ásia, foi vendido para terceiros. Comprado pelo estaleiro italiano Genoa Industrie Navale, acabou sendo repassado para sucateiros turcos em 2021.
As imagens dos navios neste post são do site inglês Simplon Postcards
